Conversando sobre Fobia Especifica por Dr. Marcelo Bremm

A Fobia Especifica nada mais é do que o medo exagerado de situações ou objetos que não oferecem tanto risco como aquele sentido pelo indivíduo sujeito à exposição.

O contato com a situação causadora do medo, pode gerar desde desconforto, palpitações, sudorese, tremores, até completa sensação de desespero e de pânico. A ansiedade não é aliviada mesmo diante da consciência de que a situação não é tão perigosa ou ameaçadora para outras pessoas. Em verdade, trata-se de uma “desvirtuação” da ansiedade.

Citam-se medo de animais (gatos, lagartos, sapos) – incluído o medo de insetos (aranhas, baratas), de ambientes fechados (claustrofobia), de altura, de tempestades, de escuridão, de ingerir certos alimentos, de dentistas, de consultas médicas, de fazer exames, e inúmeras outras situações. São medos que podem levar ao desespero diante da exposição do indivíduo ao seu temor específico.  O simples pensar em vivenciar a situação fóbica pode provocar ansiedade.

Para não sentir a ansiedade existe uma atitude de evitação. Nessa tentativa, o indivíduo pode deixar de fazer coisas que poderiam ser importantes para a sua vida social e profissional. Além disso, muitas vezes o mesmo indivíduo apresenta mais de um medo, o que vai cerceando aos poucos sua vida.

O prejuízo acarretado à vida de cada um, está diretamente ligado à possibilidade de afastamento da situação temida.

Determinadas situações ligadas a eventos incontroláveis pelo homem, como o medo de tempestades, constituem uma das causas mais comuns da necessidade de tratamento. Tomando-se o exemplo do medo de tempestades, percebe-se que se trata de um fenômeno inevitável ao qual as pessoas estão necessária e frequentemente expostas, de forma que, aqueles que sofrem de tal fobia precisam estar sempre alertas e se encontram quase que continuamente com medo. Assim, inevitável a pergunta: Será que existe remédio para medo de tempestades?

Na verdade, não existe um remédio para cada medo específico e sim medicações e tratamentos com foco no que está por trás do “medo”, que nada mais é do que a expressão da ansiedade. Uma constatação comum em consultório é a de que as pessoas se surpreendem com a possibilidade de tratamento para medos específicos.

Esses mesmos indivíduos notam que, em determinados momentos de vida, em situações mais estressantes, esses medos pioram e começam a influenciar o cotidiano.

São em momentos de maior estresse ou com sintomas depressivos associados que os medos tornam-se mais intensos. A busca pelo tratamento vem exatamente nesse momento.

Deve-se ter em mente que dificilmente haverá um indivíduo com medo exagerado a alguma situação que não seja ansioso, uma vez que o medo e a ansiedade andam juntos e que um acentua o outro.

Uma recomendação extremamente importante é que não se pode optar por adaptar a vida ao medo específico, porque em momentos de maior ansiedade a fobia provavelmente ficará sem controle e acabará por influenciar visivelmente a vida cotidiana do sujeito portador do temor.

Dúvidas ou sugestões podem ser encaminhadas por email para: contato@plenamentesaude.com.br

Dr. Marcelo Bremm

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *