Doenças físicas agravadas pelo emocional por Dr. Marcelo Bremm

As emoções têm importante papel na saúde física . A influência ocorre através de aspectos psicológicos, neurológicos e fisiológicos. Com estresse teremos alterações na produção de hormônios fundamentais para bom funcionamento físico. Entre hormônios que podem apresentar produção errática e disfuncional podemos citar hormônios sexuais (estrógenos, testosterona), cortisol sérico (hormônio semelhante fisiologicamente aos corticóides) e hormônios da tireóide. Outra forma de interação de doenças psiquiátricas que podem prejudicar nossa parte física podemos citar modificações de condutas saudáveis como dieta inadequada, falta de exercícios físicos regulares que podem ser deixados de lado quando não se está emocionalmente equilibrado. Acrescenta-se a isso, muitas vezes, condutas nocivas à boa saúde física como uso de álcool, drogas ilícitas ou tabagismo. Esta integração entre saúde física e emocional ocorre a todo momento. É de conhecimento popular e médico que em períodos em que o individuo passa por situações de maior estresse em sua vida são mais comuns doenças relacionadas a uma diminuição da imunidade, como por exemplo, infecções causadas por vírus oportunistas, gripe, herpes labial e zoster (conhecida popularmente como cobreiro), diarréias, e etc. Nas doenças psicossomáticas existem alterações em exames clínicos e laboratoriais, que provavelmente foram causadas ou simplesmente intensificadas por momentos de extremo estresse,ansiedade ou depressão. Determinados órgãos ou sistemas podem ser afetados pela sobrecarga imposta pelos sintomas psiquiátricos. Dentre as doenças mais comuns em que existe correlação comprovada com estado emocional poderíamos citar: Doenças Cardiovasculares: como angina pectoris (cardiopatia isquêmica), hipertensão arterial, determinados tipos de arritmias; Respiratórias: asma brônquica, rinite alérgica; Endócrinas: hiper ou hipotireiodismo, diabetes; Gastrointestinais: síndrome do cólon irritável, dispepsia, úlcera péptica; Dermatológicos: prurido, hiperhidrose (sudorese excessiva principalmente em mãos e pés), dermatite atópica (alérgica), psoríase, vitiligo, alopécia areata; Dores crônicas em geral, cefaléia, dores na coluna vertebral, dores articulares, fibromialgia; Sendo que dificilmente encontraremos doenças que não sejam influenciadas pela saúde mental de seus portadores. Nas doenças psicossomáticas além de tentar-se controlar a doença física, já que as emoções “conseguiram ultrapassar as barreiras do emocional alojando-se no físico”, devemos dar especial atenção a saúde mental do paciente. Tais doenças dificilmente serão controladas com tratamentos médicos clínicos isolados. Nesses casos acompanhamento psiquiátrico e psicológico são de extrema importância. Deve-se dar atenção para situações médicas de difícil controle e que exames embora alterados não sejam suficientes para justificar a intensidades dos sintomas demonstrados pelo paciente. Doenças com componentes psicossomáticos causam, sem dúvida, sobrecarga emocional extra ao paciente. Além do sofrimento físico da própria doença apresentada, o mesmo acaba por se sentir incompreendido por familiares e profissionais de saúde. Apesar da relação entre emocional e físico, devemos ter em mente que o paciente não é responsável pelos seus sintomas e que quanto antes se estabelecer essa relação melhor para reversão ou controle do processo de doença. Dr. Marcelo Bremm

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