Problema causa sintomas físicos como taquicardia e falta de ar.
Existe tratamento com especialistas para todos os tipos de fobia
Sentir medo é bom, é uma forma de proteção do nosso corpo contra os perigos da vida e do ambiente. Mas há momentos em que este sentimento passa dos limites e, em vez de proteger, atrapalha em atividades que deveriam ser corriqueiras. É neste ponto que o medo se torna fobia.
A fobia é um medo que não fica só na cabeça de quem sente. Ela dispara sintomas físicos, como taquicardia, falta de ar e ataques de pânico. Com isto, a pessoa deixa de fazer coisas básicas do dia-a-dia, como dirigir ou pegar um ônibus.
No programa Bem Estar da Globo, a pediatra Ana Escobar e o psiquiatra Luiz Vicente Figueira de Mello explicaram qual é o limite que diferencia medo e fobia. Eles também deram dicas de como enfrentar e superar este problema.
As dicas acima fazem parte de uma técnica conhecida como exposição gradual. São maneiras de encarar o medo aos poucos, até pegar a confiança necessária para retomar este tipo de atividade normalmente.
A técnica é mais indicada para os casos de fobias específicas – quando a pessoa tem medo de altura ou de lugares fechados, por exemplo. Em geral, este medo é provocado por alguma experiência ruim que provoca um trauma psicológico, e pode surgir em qualquer momento da vida.
O que acontece nestes casos é que o cérebro relaciona uma “memória ruim” a algum objeto, lugar ou situação. Quando isto acontece, A pessoa não consegue mais entrar em contato com esta coisa específica – ela sente um bloqueio, os sintomas físicos se manifestam.
Além da fobia específica, há outros dois tipos de medo exagerado, e ambos têm tratamento: a agorafobia e o medo social.
A agorafobia é o medo de se sentir mal em determinados locais e não poder receber socorro. Normalmente, as pessoas que tem este tipo de medo se sentam perto das saídas no ônibus ou no cinema, ficam sempre prontas para escapar caso algo aconteça. Em geral, a agorafobia está associada à síndrome do pânico.
Já a fobia social é uma timidez exagerada e doentia que pode surgir em várias situações. As pessoas que têm esta fobia costumam nascer com ela, ou pelo menos com uma predisposição a desenvolvê-la.
Este medo do julgamento dos outros atrapalha muito na interação social e no relacionamento com amigos e colegas de trabalho. A timidez chega ao ponto de fazer com que uma pessoa não consiga nem assinar um cheque, por medo da exposição, por exemplo. Este tipo de medo é o mais difícil de resolver sozinho, é preciso procurar ajuda profissional.
Na enquete que fizemos entre os leitores do site, perguntando qual é o principal medo das pessoas, houve empate técnico entre a altura – uma fobia específica – e falar em público – timidez –, com 27% dos votos para cada.