Informações a que somos expostos alteram o emocional por Dr. Marcelo Bremm

Muitas pessoas evitam noticiários tendo por objetivo proteger-se do excesso de informações negativas que são preponderantes em tais programas. Tal mecanismo de proteção do emocional é tido por muitos como “bobagem” e sem sentido. Para elucidarmos tal questão debateremos o assunto nesta coluna. Independentemente de como estamos emocionalmente, determinadas situações que envolvam violência contra crianças, idosos e pessoas indefesas são capazes de desencadear revolta e angústia nos telespectadores. Claramente pessoas que estejam sofrendo sintomas depressivos ou ansiosos são muito mais sensíveis e vulneráveis aos efeitos negativos dessas informações. Pouco existe de cientifico na avaliação real entre exposição a reportagens positivas ou negativas, e o quanto elas influenciam os indivíduos emocionalmente. O uso manipulativo intencional por parte da mídia e internet poderia levar, por “efeito de massa”, um grande grupo de pessoas a mudar a sua perspectiva real do que acontece. Pesquisa realizada com dados do Facebook causou alarde recentemente através da comprovação por estudo cientifico de que nossas emoções podem ser manipuladas positivamente ou negativamente dependendo daquilo que somos expostos. A pesquisa dividiu usuários em grupos. Determinado grupo recebeu exposição a noticias predominantemente negativas e outro grupo recebia noticias positivas durante o período de uma semana. Ao final desta semana observou-se que os usuários em teste tinham propensão a mudar de humor: àqueles expostos a aspectos positivos começaram a postar textos positivos com termos semelhantes, e os expostos aspectos negativos idem, o que foi avaliado como “contagio emocional”. Baseados nesses dados supõe-se que se pode, em grande parte, influenciar-se emocionalmente outras pessoas, principalmente através de dados repetidos mudando sua percepção. O que isso pode nos interessar? A resposta a essa questão é de extrema importância, através dela surge uma possibilidade de medida preventiva contra piora de sintomas depressivos-ansiosos. À medida que se evita reportagens ou situações que diminuem nosso nível de confiança na dignidade humana; como violência sexual, abuso de vulnerável entre outras, aumenta nossa capacidade de acreditar e pensar positivamente no que nos rodeia. O pessimismo contagia o emocional o que poderá levar a uma piora de sintomas depressivos e ansiosos. Não devemos ser alienados, fechar os olhos ou acreditar em tudo; por outro lado, ficar procurando aspectos na vida que tendem a mostrar o quanto as coisas não tem sentido, como não devemos confiar nas pessoas e que tudo em breve ficará pior, não parece ser interessante. Esses extremos padecem do equilíbrio necessário para mantermos uma boa compreensão da vida. O radicalismo emocional leva geralmente a descrença e consequentemente pensamentos depressivos ou ansiosos. Dr. Marcelo Bremm

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